Releitura em 2009

Para saborear os momentos que não soube aproveitar quando, por obrigação, me vi a braços com este livro, do qual nada mais retirei a não ser um caderno cheio de «significados».
Impossível entender, aos 12 anos, a mensagem profunda que encerra, a linguagem poética com que se descreve a dura realidade dos «filhos dos homens que nunca foram meninos», forçada como os outros a registar num caderno as palavras sem as querer compreender.
O tempo perdido agora recuperado, 30 anos depois... no calor da lua!

Enfim... o tempo passa!

Nada é mais certo que a passagem do tempo.
Os momentos que ontem aconteceram, em breve serão recordações longínquas. Instantes apenas ou momentos que marcam significativamente e perduram... no tempo.

O caminho faz-se... caminhando.

Depois de muitos afazeres diários, é no calor da lua que me reencontro.
Não será este o momento ideal para a reflexão?
Poderão os «fantasmas» do dia assombrar o momento em que me delicio no calor da lua?
Quem não se souber perder debaixo do seu calor, não poderá compreender a magia deste instante.
Porque se trata, efectivamente, de um instante! Rápido, intenso, fugaz...