20/02/10
CUPCAKES
09/02/10
SILÊNCIO
«Vivi no silêncio porque não comunicava. Será isso o verdadeiro silêncio? A escuridão completa da incomunicabilidade? Para mim, toda a gente representava um negro silêncio, a não ser os meus pais, sobretudo a minha mãe.
O silêncio tem pois um significado que a meu ver não é senão a ausência da comunicação. Embora eu nunca tenha vivido num completo silêncio. Tenho os meus próprios ruídos, inexplicáveis para quem ouve. Tenho a minha imaginação e ela tem os seus ruídos em imagens. Imagino sons a cores. O silêncio que eu vivo é a cores, nunca é a preto e branco.
Os ruídos daqueles que ouvem são também imagens, para mim, feitos de sensações. A onda que rola na praia, calma e suave, dá uma sensação de serenidade, de tranquilidade. A que se ergue e galopa encapelada representa a ira. O vento são os meus cabelos soltos no ar, a frescura, uma doce sensação na minha pele».
Laborit, Emanuelle. (2007). O grito da gaivota. Lisboa: Caminho (edição com o patrocínio da AFAS – Associação de Famílias e Amigos dos Surdos)
01/02/10
A LUA COMANDA A VIDA...
Circo na Lua: chuva na rua.
Lua, com circo ao largo: chuva ao perto.
Lua deitada: marinheiro em pé.
Lua inclinada não leva nada.
Lua nova trovejada trinta dias é molhada.
Lua nova trovejada trinta dias é molhada; e, se venta, noventa.
Lua nova trovejada ou vem seca ou vem molhada.